quarta-feira, 9 de julho de 2014

PROJETO DE PRÁTICA PLANO DE AULA DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA

PROJETO DE PRÁTICA
PLANO DE AULA
DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA

PLANO DE AULA
TEMA: Diversidade Cultural Brasileira
DURAÇÃO DA ATIVIDADE: 4 aulas
PÚBLICO ALVO: Ensino Fundamental e Médio.
CONTEÚDOS: Identidade e Diversidade Cultural, Linguagem Oral e Escrita.

JUSTIFICATIVA
O que se pode observar atualmente é que a maioria dos educandos não tem nenhum conhecimento de nossos antepassados, sendo assim eles não possuem conhecimentos de tudo aquilo que eles possuem hoje, como sua cultura, danças, costumes, músicas, etc. Pensando nisto, sugiro aprofundar o conhecimento dos alunos, dando uma maior compreensão e valorização da nossa tão bela cultura diversificada brasileira. 

OBJETIVO GERAL
Notar a diversidade de raças existentes no Brasil. Reconhecerem e valorizarem a diversidade humana, partindo de um processo de conhecimento e respeito de nossas identidades culturais, com a intenção de desempenhar e provocar atitudes individuais e em grupo contra o preconceito e a favor do respeito às diferenças. 

OBJETIVOS ESPECIFICOS
  • Ampliar a cultura;
  • Respeitar as diferenças;
  • Conhecer sua própria historia;
  • Identificar os diversos tipos de musicas, danças, culinárias, etc.

METODOLOGIA
Na primeira etapa o professor prepara a turma para escutar a música Inclassificáveis do cantor Arnaldo Antunes. Logo após escutar a música o professor propõe aos alunos a debater sobre a música, procurando saber se a turma conseguiu entender a mensagem da música, sobre não preconceito, sobre que apesar de termos cores diferentes, somos iguais por sermos todos humanos, e que mesmo tendo cores diferentes podemos ter culturas iguais.
Na segunda etapa o professor propõe aos alunos a se dividirem em grupo para fazerem pesquisas mais aprofundadas das culturas diversificadas brasileiras. Cada grupo fica com culturas diferentes e tem como meta pesquisarem sobre pinturas, religiões, danças, músicas e etc. Cada grupo dará sua explicação diante da turma explicando sobre o que foi deixado pelos nossos antepassados e que usamos ainda hoje.

RECURSOS DIDÁTICOS
  • Aparelho de som

AVALIAÇÃO
A avaliação de cada aluno será feito através de seu interesse, participação e colaboração na atividade proposta. Também os conhecimentos adquiridos no decorrer da aula e do trabalho e como eles passaram assimilar a construção de seus conhecimentos.






REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AS METAS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

AS METAS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO
META 3
1.  PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A AUTONOMIA DAS MULHERES.

1.1     Introdução

A escolha do projeto foi por observar a sociedade machista que vivemos, conheci uma comunidade no nordeste onde as garotas sempre foram educadas para servir os homens desde cedo. Onde garotas são obrigadas pelas próprias mães á servir os irmãos, creio que buscar por igualdade é educar desde cedo nossos filhos a dividir tarefas independente de sexo.

2.  PROJETO EM PRATICO

2.1     Lugar e Objetivo

As atividades do projeto foram iniciadas no mês de maio de 2014, na Creche Menino Jesus no Centro Comunitário San Gennaro no bairro da Mooca.
A creche tem 25 crianças matriculadas entre 2 e 4 anos, esta creche é também meu local de trabalho, por isso a escolhi. Como trabalho como cozinheira, profissão que muitos enxergam sendo como uma profissão feminina, decidi convidar um amigo para juntos fazer o meu trabalho na cozinha, mostrando assim para as crianças que em qualquer sexo pode se fazer qualquer trabalho, com isso as crianças em casa teriam outra visão da mulher na sociedade.

2.2     O Projeto

Inicialmente conversei com os pais sobre o projeto, deixando eles livres para discordarem se eles não quisessem que seus filhos participassem disso, como no dia não consegui conversar com todos os pais, pois muitos pais mandam filhos maiores ou amigos, para irem levar e buscar seus filhos, então decidi fazer o projeto apenas com as crianças que conversei com os pais, neste caso, 15 crianças.
Depois que os pais concordaram coloquei o projeto em pratica, com duração de apenas um dia. Iniciei uma conversa com as crianças no cantinho onde eles brincam, explicando para eles sobre o que iriamos fazer de uma forma que eles entendessem. Logo em seguida com a ajuda de mais duas babás, levamos as 15 crianças para cozinha e lá expliquei o que faço todos os dias lá, desde o café da manhã até o lanche da tarde, expliquei que tenho que cozinhar, lavar a louça e limpar o chão ao fim do dia, assim como as mães deles fazem em casa.
Após explicar tudo o que fazia lá, perguntei para eles se o meu amigo poderia fazer o trabalho no meu lugar, algumas crianças não responderam, mas a maioria disseram que não, e quando questionei porque, a resposta foi unanime: “Porque isso é trabalho de menina” . Após ter a resposta, pedi para que meu amigo lavasse as canequinhas das crianças que estavam na pia, enquanto ele lavava expliquem para as crianças que não tem trabalho de menino e menina, que hoje em dia podemos e devemos fazer o que quisermos, e que dividir tarefas em casa com nossos irmãos e irmãs para ajudar a mamãe não tem problema nenhum, que isso é o correto, enquanto meu amigo lavava as canecas comecei a cortar legumes para fazer o almoço, e continuei conversando com as crianças sobre a ajuda em casa, em sempre ajudar a mamãe a fazer algo que seja possível para eles, como eles ainda são novos, dei exemplos, de jogar o lixo dentro do lixo, de levar a louça até a pia e etc.
Até que no fim do dia, depois de ter conversado de manhã enquanto fazia o almoço, a tarde logo após o lanche as crianças recolheram os brinquedos ajudando as babás, e eu expliquei que é muito importante tanto menina quanto meninos fazerem aquilo também em casa, para ajudar suas mães.

3.  CONCLUSÃO

No final do dia com aquelas crianças, notei que muitas delas tinham ensinamentos adequados vindo de casa, seus pais não tem problema em deixar os meninos fazer serviços que muitas vezes são taxados como de mulherzinha. Crianças relataram que seus pais dividem tarefas, que seus pais ajudam suas mães em casa. Assim, neste dia cheguei a conclusão que aquelas crianças no futuro terão uma maior capacidade de respeitar as mulheres, deixando de lado o preconceito da sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Texto As metas de desenvolvimento do milênio (disponível em: www.pnud.org.br/hdr/arquivos/RDH2003/hdr2003_01.doc )

A BIOÉTICA E A INTERDISCIPLINARIDADE

A BIOÉTICA E A INTERDISCIPLINARIDADE 

1.    Relacione e analise os princípios gerais estabelecidos pela Bioética moderna.
O respeito pelas pessoas, a beneficência e a justiça são os princípios gerais estabelecidos pela Bioética moderna.
No respeito pelas pessoas o reconhecimento da autonomia alheia provoca sempre que as escolhas das pessoas autônomas sejam res­peitadas e que não danifiquem a autonomia e os direitos de outras pessoas.
O princípio da beneficência inclui, também, a obrigação de não fazer mal como dever moral de agir para beneficiar as outras pessoas.
Já o princípio da justiça é entendido com base na chamada justiça distributiva, que tem a ver com o que juridicamente é de­nominado como aquilo que pertence às pessoas ou aquilo que é devido a elas.

2.    Explique a relação da Bioética com a interdisciplinaridade.
Bioética pode ser chamada de ética interdisciplinar, determinando de maneira especial a interdisciplinaridade, incluindo tanto a ciências como as humanidades, no entanto este é um termo não aceito pois não é auto evidente.
A Bioética é o estudo interdisciplinar do conjunto das condições exigidas para uma administração responsável da vida humana, ou da pessoa humana, tendo em vista os progressos rápidos e complexos do saber e das tecnologias biomédicas.


AS DIMENSÕES DA PESSOA

     AS DIMENSÕES DA PESSOA

1)   Quais são as dimensões da pessoa? Explique com suas palavras cada uma delas.

   Dimensão biológica é tudo que esta ligada com o corpo da pessoa, é através do corpo que o homem se interage com outros seres, com o mundo e com Deus. Dentro de uma perspectiva cristã, temos na afirmação da antropologia teológica que Deus é aquele que formou o corpo do ser humano “Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra” , com isso podemos afirma que Deus conhece profundamente sua criação, Davi ao relatar esse conhecimento diz: “pois ele conhece a nossa estrutura e se lembra que somos pó”, dessa forma se concluí que o homem não é apenas uma produção biológica espontânea, mas que sua constituição foi estabelecida pelo Criador
   Dimensão psíquica é aquilo o que os filósofos gregos chamam de “anima” em português “alma”, “o que dá vida”. A alma constitui a parte imaterial da pessoa, sua substância. Podemos dizer que a constituição humana possui duas substâncias, a primeira material que conhecemos como corpo, e a segunda, alma que é imaterial e espiritual, são substâncias diferentes, no entanto harmoniosas, a pessoa não é capaz de existir com apenas um corpo sem uma alma, e também ao contrario, tanto um quando o outro é imprescindível para sua existência.  É na alma que se compõe o caráter social, emocional, moral e religioso de todas as pessoas.
   Dimensão social é onde nós vivemos onde somos incluídos, isso faz parte da vivencia social, a mídia e escola influenciam muito na nossa vida. A sociedade é sem dúvida alguma filha do capitalismo, e como tal valoriza o consumo, e principalmente o capital. Com isto, seu olhar é sempre de desconfiança para o cristianismo, como se o tal mantivesse um discurso completamente desvinculado do mundo, da realidade e necessidade do trabalho.
   Dimensão espiritual é a parte imaterial da pessoa que liga sua relação consigo e principalmente com Deus. É por meio do espírito que a consciência é capaz de se revelar-se, a consciência também é parte imaterial da pessoa, e intimamente ligada ao espírito, apenas por meio do espírito é que a pessoa pode conhecer a si mesmo e conhecer o mundo a sua volta e conhecer Deus.

2)   Análise de maneira sintética como a compreensão das dimensões da pessoa contribui para o seu autoconhecimento.

   As dimensões nós levam a acreditar que os sentidos delas são diferentes, mas que elas andam lado a lado, sem dúvida, cada uma dando sua contribuição, onde a pessoa, o individuo foi se descobrindo através delas e por elas. Todas as dimensões tratam da pessoa, do ser humano, de alguma maneira ou de outra se compreende que esse estudo nos leva a um caminho, ao autoconhecimento humano, e isso é que contribui para o desenvolvimento da pessoa na sociedade.
   As quatro dimensões ajudaram a pessoa a se tornar humana, porque se não houvesse esses sentidos, com certeza não teríamos o que descobrir, elas nos levaram ao sentido de que devemos nos conhecer a nós mesmos através desses quatro pilares da dimensão humana.


Referencia
DANIEL, E.; SCOPINHO, S. C. D. Antropologia, Ética e Cultura. Batatais: Claretiano, 2013.http://arminiano.blogspot.com.br/2012/07/dimensoes-da-pessoa-humana.html

PROJETO DE PRÁTICA – MESA DE LUZ E DECALQUE COM GRAFITE

PROJETO DE PRÁTICA – MESA DE LUZ E DECALQUE COM GRAFITE
1.           INTRODUÇÃO
   Um projeto o qual tínhamos que observar, desenhar, copiar, pintar. Digamos que este projeto é algo completo para quem pretende licenciar na área das Artes.
2.           OBSERVAÇÃO
   Inicialmente, foi bastante difícil escolher qual objeto iria ser observado para reproduzi-lo em desenho, pois já que não tenho muita prática com copia de desenho ou objetos. Depois de muito praticar fazendo objetos mais simples e mais difíceis, consegui, a meu ver chegar mais perto da real imagem do objeto escolhido, e o objeto escolhido foi uma flor sorridente de tecido.
2.1 Desenhando o Objeto
   O lugar que escolhi para observa-la foi em uma sala com bastante luz natural, assim propôs ao objeto sombras leve, mas com bastante significado. O objeto que escolhi facilitou muito, pois ele é bastante simples, mas com detalhes que o enriquece mesmo possuindo poucas cores. Digamos que esta primeira etapa foi a mais difícil de concluir, pois nela tinha que ser desenhado algo que estávamos apenas observando. No fim, creio que alcancei o objetivo, desenhei utilizando apenas lápis e borracha as curvas do objeto, e utilizando de detalhes do próprio objeto pois sabia que ao fim das outras etapas seriam detalhes importantes.
3.           MESA DE LUZ
   A mesa de luz sem duvida é o meio mais simples de se fazer uma copia do desenho, com ela pode se ver todo o detalhe do desenho a ser copiado.
3.1 Copiando com a Mesa de Luz
   Fiz a minha mesa de luz, utilizei da mesa de vidro da casa de um tio e um abajur da creche de onde trabalho, foi simples a copia do objeto, com este método não vi dificuldade nenhuma, copie o desenho e no fim arte-finalizei em escala acromática, tentei ao máximo ser fiel ao jogo de luz e sombra que o objeto possuía. Mesmo com a dificuldade de arte-finalizar, esta copia foi com toda a certeza, a mais simples de se fazer.
4.           DECALQUE COM GRAFITE
   Fazer o próprio decalque foi o mais trabalhoso neste projeto, riscar toda uma folha para depois desenvolver a copia do desenho foi o que demorou mais para se concluir.
4.1        Copiando com Decalque com Grafite
   Fazer uma copia com decalque é um pouco mais difícil do que com a mesa de luz, pois com ele não dá para ver como esta o desenho que esta sendo copiado, a menos que fique levantando partes da folha, o que o torna complicado. O que observei a utilizar desta técnica para se fazer copia é que o resultado final não é tão perfeito quanto o resultado final utilizando a mesa de luz. Ao concluir a copia com o decalque contornei todo o desenho com caneta preta e o colori com lápis de cor comum, o resultado final não me agradou tanto quanto o resultado final do arte-finalizado em escala acromática.
5.           CONCLUSÃO
   Depois de concluir todo o trabalho e mesmo pensando que dava para ter saído melhor, o resultado final de todo o trabalho ajudou para adquirir novas técnicas de copias, pois não era nada familiarizada com nenhum tipo dessas técnicas.

   Com este projeto creio que como educadora serei mais capaz de ajudar a alunos que estão sempre falando: “Professora, eu não sei desenhar.”; mostrar que há coisas deste tipo que facilitam na hora desenhar, que mesmo quem já sabe desenhar podem sempre achar formas de melhorar sua arte.

LINEAR E PICTÓRICO

LINEAR E PICTÓRICO 






PERSPECTIVA

PERSPECTIVA 


Inteligências Múltiplas Trabalhada Com Outras Disciplinas

Inteligências Múltiplas Trabalhada Com Outras Disciplinas 

A DANÇA JUNTO COM AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

    Inteligências múltiplas segundo Gardner, se totalizam em oito, e  creio que todas elas tem sua grande participação com a dança, mas nem todas estão presentes em disciplinas escolares.
    A inteligência lógico-matemática esta presente na dança em forma de contagem, pois toda coreografia tem um tempo para ser executada, pra que a coreografia se harmonize com a música. A inteligência linguística esta presente na dança na hora de compor a coreografia, pois quando se cria uma coreografia temos que entender o que a música esta falando, para passa-la o seu sentido em forma de passos, quando a musica não é cantada creio que não se usa esta inteligência. A inteligência espacial esta muito presente na dança, pois é com ela que cada dançarino se localiza em seu espaço de dança e interage com objetos durante a dança quando há. A inteligência físico-cinestésica é a de principal importância na dança, pois quem a tem domina a habilidade de se movimentar, e a dança é arte do movimento. A inteligência existencial faz com que a dança seja mais teatral, colocando na coreografia mensagem filosófica através do movimento.
    Sendo assim as disciplinas que podem ter um dialogo com a dança, seriam a matemática, português, física, educação física e a filosofia, porque com a ajuda delas a dança se tornar completa, com o conhecimento nestas disciplinas a dança se torna mais fácil de ser ensinada em escolas publicas ou particulares.

REFERÊNCIA

História da dança

 História da dança

Período Medieval
Foi na Idade Media que a dança começou a evoluir. Antigamente a dança era algo sagrado e logo passou a ser um rito tribal em honra aos deuses, e como a Igreja Católica Medieval era contra outras crenças, passou a proibir este tipo de dança. Então a única dança que passou a evoluir, foi a dança recreativa, que, mesmo não sendo proibida era mal vista pelas autoridades eclesiásticas, pois era realizada como uma manifestação da espontaneidade individual. Assim nota-se que, apesar de estar incluída nas comemorações católicas, a dança não foi integrada à liturgia católica.




Isso fica notável no ano 774, com o decretal do papa Zacarias“Contra os movimentos indecentes da dança ou da carola”; ou com o decreto do concílio de Avignon, que dizia que “Durante a vigília dos Santos, não deve haver nas igrejas espetáculos de dança ou carolas”. Mesmo com as proibições há provas de que pessoas dançavam em comemorações e em festas, danças como a Carola, uma dança de roda e o Tripudium uma dança em três tempos, na qual os participantes não se tocavam e eram danças ao som de cantos Gregorianos, e ritmadas com tambores e tamborins.

No século XIV, conhecido como “o século negro”, século onde se ocorreu a Guerra dos Cem Anos, onde se teve uma das piores colheitas da Era Medieval e da crise da Igreja, a dança seguiu sua evolução, refinando suas formas variando seu ritmo e simbolizando a morte mais brutal. Esse período é marcado pela peste negra e outras doenças epidêmicas que devastavam a Europa, causando muitas mortes. O povo, desesperado, dançava frene­ticamente para espantar a morte. Essa dança ficou conhecida como dança macabra ou dança da morte. O ritmo passou a ser variado entre lento e rápido e a Carola passou a ser uma dança macabra, deixando assim de ser a dança da Alegria. Esse costume se deu como objetivo de mostrar que “a vida é uma Carola”.
No século XIV a arte dos trovadores, menestréis e jograis, que acontecia nas ruas, entra nos cas­telos medievais para alegrar as festas. Esses artistas ensinam à nobreza uma dança lenta, a Basse Dance, assim chamada por causa dos trajes pesados usados pelas cas­telãs, diferente das roupas usadas pelas camponesas, que lhes possibilitavam pular, rodopiar e dançar a haute dance.
Entre as danças executadas pela corte na Idade Média está a Polonaise, originada das danças de camponeses poloneses que aconteciam na frente das igrejas e que vai ser, mais tarde, no século XIX, inserida em alguns balés.

Período Renascentista
Foi na França e na Italia que a arte renasceu: graças a um movimento cultural nesses dois países, a arte foi desligada da Igreja, assim desenvolvendo uma sociedade que valorizava e arcava com os custos da arte.
Nesta época a dança da corte assinalava uma nova etapa, onde os participantes não bastavam apenas saber a métrica da dança, mas também os passos.
A dança teve sua evolução em Florença, na Itália, em espetáculos chamados de trionfi – triunfos, que simbolizavam riqueza e poder. Vários artistas eram convidados a colaborar na preparação desses espetáculos, entre eles Leonardo da Vinci.
Em 1459, em uma festa de casamento, surgiu uma das danças mais importantes, hoje conside­rado o balé. Em 1500 no carnaval de Veneza, foi encenado um dos triunfos mais luxuosos, onde os dançarinos usavam máscaras bordadas com fios de ouro e pedras preciosas, leques de plumas e mantos de seda adamascada.
1548 foi o ano que marcou a dança. O espetáculo era uma mistura de canto, dança e poesia e era uma forma de divertir o rei e a corte. Os temas escolhidos eram mitológicos, em sua maioria. O rei participava interpretando uma divindade, que as pessoas da corte adoravam.
O primeiro “balé da corte” em 1581, intitulado Le Ballet Comique de la Reine (O Balé Cômico da Rainha – neste caso, o termo cômico deve er entendido no sentido de “dramaturgia de uma comédia”), foi um grande espetáculo, que durou seis ho­ras, com participação de carros alegóricos e efeitos cênicos.

Período Barroco
          Em 1653 o rei Luís XIV (1638-1715) proporciona um grande desenvolvimento para a dança, como ótimo bailarino criou vários personagens para si próprio, como deuses e heróis. Sua grande aparição foi como “Rei-Sol”, aos catorze anos de idade, no balé real A Noite. O personagem derrotava as trevas, usando um traje de plumas bran­cas.
Em 1661, Luis XIV fundou a Academie Royale de la Danse. A chamada “comédia-balé” veio para substituir o “balé da corte”. A primeira tentativa do gênero foi Les Fâcheux (Os Inoportunos).
Jean Baptiste Poquelin, conhecido como Molière, criou temas para balé, pois in­cluía cenas de dança em todas as suas comédias. Nessa época, a dança era parte do teatro, ainda não era uma arte independente, e os intérpretes, que participavam dos espetáculos, eram ciganos, dançarinos e acrobatas que divertiam a multidão.
Esses espetáculos com dança marcaram o começo de desenvolvimento e o momento de independência da dança na arte.
O movimento assinalou a presença de coreógrafos e teóricos de dança, que pas­saram a ensinar em academias abertas a alunos de todas as classes sociais. A exi­gência de uma técnica refinada para um profissional da dança fez com que Pierre Beauchamp (1636-1705), músico e coreógrafo da Academie Royale de la Musique et de la Danse, criasse as cinco posições básicas de pés para balé, posições de braços e de cabeça que as acompanham e são conhecidas até hoje.

Período Clássico
O balé nasceu da união das acrobacias dos profissionais e da leveza e graça da dança das festas da aristocracia.
No período clássico é uma época em que prevalece o desenvolvimento das vestimentas, pois elas também são de grande ajuda no desenvolvimento técnico da dança. Os vestidos, compridos e pesados, impediam a graciosidade de movimen­tos verticais. Os temas para balé começam a exigir a ilusão do vôo e, para isso, os cenógrafos utilizaram alavancas e roldanas para erguer os bailarinos.
Marie-Anne Cupis de Camargo (1710-1770), La Camargo, foi a primeira bailarina a ser erguida por máquinas dando a dança na época, movimento verticais mais enriquecendo. Encurtou a saia na altura dos joelhos para facilitar sua elevação e os movimentos de bateria dos pés, que antes eram executados somente pelos homens.
Marie Sallé (1707-1756) procurou usar roupas mais leves, como as túnicas gregas, em um bailado chamado Pigmaleão, mas esse tipo de vestimenta só ganhou popularidade duzentos anos mais tarde, com a mo­derna Isadora Duncan.
A rivalidade entre La Camargo e Sallé era marcada por seus estilos diferentes de dançar. Enquanto Sallé se apresentava com uma dança solene, mais expressiva e dramática, La Camargo era mais ágil e leve, realizando saltos e passos rápidos, criando uma forma mais acrobática na dança.
A luta contra as saias pesadas e a busca de liberdade dos movimentos continua até depois da Revolução Francesa (1789), quando o costureiro da Ópera de Paris, Maillot, criou a malha, dando ao bailarino maior liberdade e mobilidade.

Período Romântico
Em 1820, o italiano Carlo Blasis (1795-1878), grande estudioso da escultura e da ana­tomia, escreveu Treatise on the Art of Dancing (Tratado sobre a Arte da Dança), onde ele rsumiu tudo o que se conhecia até então sobre dança. Acrescentou à estética de Noverre uma técnica mais elaborada.
Noverre e Blasis declararam que é muito importante para um bailarino conhecer a pintura e a escultura a fim de refinar sua percepção artística, para a preparação dos gestos e passos de dança.
Em 1830 o balé romântico se desenvolve na França e se estende por toda a Europa.
As histórias românticas mostravam, em sua maioria, uma heroína triste, capaz de morrer ou enlouquecer por amor. O balé mudou tentando ajustar este mundo de sonho. Os passos deixaram apenas de servir apenas para evolução da ação, mas estavam carregados de um conteúdo emocional profundo.
O balé criava um mundo de ilusão, esboçava o ideal das concepções românticas. A fada, a feiticeira, o vampiro e outros seres imaginários eram seus personagens.
No século XVIII o homem que no então, era visto como a figura principal da dança, passa a ocupar um lugar menor no princípio do século XIX. A mulher foi erguida a um campo sobre-humana e o homem deixou de ser herói e se restringiu a elevar a mulher, quan­do necessário.
Os ideais da bailarina romântica, provocaram uma grande modificação da técnica de dança, introduzindo as sapatilhas de ponta. As roupas ficaram mais leves, o que permitiu a ilusão do etéreo da figura feminina e facilitou a fluidez dos movimentos.
Os coreógrafos enriqueceram as evoluções do corpo de baile, no qual os bailarinos dançavam movimentando-se em diversas direções no palco e não ficavam mais como molduras, que formavam figuras geométricas sem grandes deslocamentos no espaço.
A iluminação da cena, anteriormente apresentada com luz ambiente ou luz do dia, recebeu um novo tratamento estético e os cenógrafos passaram a utilizar a iluminação a gás para a criação de novos ambientes.

Período Moderno
Na era da modernidade, no século XX, com descobertas cientificas, da rapidez, de expansão de fronteiras, a dança busca novas formas e podem ser vistas em duas grandes tendências: o apego aos códigos clássicos, remanejados de acordo com o gosto da época, no balé neoclássico, e a contestação daquelas antigas propostas pela dança moderna e contemporânea.
Foi nos Estados Unidos e na Europa que a dança começa a evoluir se mostrando muito di­ferentes da tradição clássica em relação aos espaços utilizados, concepção de dança e movimentos do corpo.
O nucleo da dança moderna é tradicionalmente associado à estadunidense Isa­dora Duncan (1878-1927), mas na realidade ela nasce quase que ao mesmo tempo em dois países: Estados Unidos, não somente com Isadora, mas também com Loïe Fuller (1862-1928) e Ruth St. Denis (1877-1968), e na Alemanha, com Rudolf Laban (1879-1958) e Mary Wigman (1886-1973).
Foi na Europa que Duncan e Fuller fizeram mais sucesso. Ruth St Denis e seu companheiro Ted Shawn (1891-1972) criam uma escola de dança na qual se forma­ram os primeiros grandes mestres da dança moderna nos Estados Unidos.
Mary Wigman representa um movimento coreográfico expressionista que surgiu na Alemanha dos anos 1920.
O balé clássico foi mantido por muitos modernos, já outros utilizaram técnicas de dança mais livres, assim não utilizando uma determinada técnica, apenas sendo livres nas escolhas dos movimentos.
As três dançarinas estadunidenses – Duncan, Fuller e Ruth – nasceram em um país onde a dança clássica não tinha uma tradição como na Europa. A necessidade dos norte-americanos de afirmar sua própria identidade perante a Europa está nas danças de Duncan e St. Denis, que introduzem uma atmosfera de misticismo em suas práticas gestuais.
Em 1880, Löie Fuller (1862-1928) iniciou sua carreira ainda no século XIX, quan­do dançava em shows de revista nos Estados Unidos. A primeira coreografia de Fuller foi um espetáculo solo, Serpentine Dance (1890), onde apareceu com efeitos de luzes e com grandes pedaços de seda esvoaçantes, que ela movimentava com bastões amarrados em seus braços. Descobriu o poder da ilusão cênica com projeções lumi­nosas sobre suas vestimentas em movimento.
O sucesso de Fuller na Europa marcou a arte e a moda dessa época com sua influencia.
Em 1890, Ruth St. Denis (1877-1968) iniciou sua carreira com o balé Rhada. Suas danças mostravam influencia da cultura dos países do Oriente e elementos sobre o divino e o sagrado, com iluminação e guarda-roupa bastante elaborados.
Em 1904, Isadora Duncan foi à Rússia, e acabou influenciando Mikhail Fokine (1880-1942) em uma nova forma de pensar o balé.
Usava túnicas soltas, inspiradas nas dos antigos gregos, vestimenta que Sallé ten­tou introduzir dois séculos antes. Dançava com os pés descalços, rejeitando as sapa­tilhas de ponta usadas no balé, símbolo sagrado da dança clássica.
Isadora é considerada uma revolucionária, com grande ousadia. Não dançava com músicas compostas para balé, mas com músicas que geralmente eram tocadas em concertos, o que a maioria dos baletômanos (amantes do balé) era incapaz de compreender/aceitar.
Humphrey teorizou o equilíbrio e o desequilíbrio do corpo humano com quedas e recuperações. Sua arquitetura coreográfica, ou seja, a construção de suas coreo­grafias, não era dramática ou narrativa. Ela dizia que a dança tem dois extremos: em um deles está o completo abandono à lei da gravidade; no outro, a busca do equilíbrio e estabilidade. O drama dos bailarinos está em lutar contra as forças da gravidade e contra a inércia, correndo sempre o risco de perder o equilíbrio.
Em 1932, o balé clássico se une com a dança expressionista nascente na obra do alemão Kurt Joos (1901-1979) A Mesa Verde, na qual pretendeu mostrar a hipocri­sia das conferências de paz e os horrores da guerra. Nessa coreografia apresentou alguns trechos de pantomima, que procura refletir a inquietude da época. Essa obra venceu o concurso de coreografia em Paris, no Théätre de Champs Elysées.
Em 1940, Martha Graham coreografou a peça Letter to the World (Carta para o Mundo), baseada nos poemas de Emily Dickinson e na observação da diversidade cultural de seu país.
Em 1944, a coreografia de Graham Appalachian Spring (Primavera Apalache), com cenário de Isamu Noguchi e música de Aaron Copland, fez sucesso com o tema sobre os velhos pioneiros dos Estados Unidos.
Em 1957, Mary Wigman (1886-1973) produz, na escola de Berlim, A Sagração da Primavera. Intérprete de suas próprias coreografias, conseguiu um grande reconhe­cimento do público com sua violenta carga expressionista.
Apareceu como uma personagem perturbadora, tanto na Europa quanto nas Américas. Especialista em papéis fortes, detinha as qualidades essenciais de uma atriz de tragédia, desprezando toda e qualquer forma de candura.

Referencias